Do enconto do maracatu, do frevo e do bumba meu boi nasceu, há 10 anos, o marafreboi. A orquestra é composta por 14 músicos e é a única do Centro-Oeste em que o foco está nas matrizes da cultura popular. O som de três gêneros musicais seculares, com base na instrumentação de sopro, é dançado pelos cinco bailarinos do Balé Popular Marafreboi.
Estreante no festival, o grupo prepara um repertório exclusivamente brasileiro. “É proibido toca jazz na orquestra”, decreta Fabiano Medeiros, maestro e músico. Para ele, a própria formação do conjunto é representativa da população brasiliense. “Somos um mosaico. Tem gente de tudo que é lugar”, conta.
Maraka é música em tupi-guarani. Mundi significa mundo em latin. Com quase 13 anos de uma estrada cheia de influências ameríndias, africanas e europeias, banda também apresenta-se no festival pela primeira vez, divulgando o novo trabalho, Rota Brasil.
A bossa nova, o samba, o baião, a rumba e a montuna são misturados com todo o cuidado possível que possa existir em um improviso. “Se carregarmos demais no tempo, estragamos a receita”, compara um dos integrantes , Ticho Lavenére.
Para ele, a música instrumental tem mais liberdade para misturar sonoridades, diferentemente dos cantores, que “logo são rotulado em determinados gêneros”, acredita. A miscigenação musical traz uma dificuldade na hora de descrever o trabalho nas apresentações no exterior, onde o definem com o termo Brazilian Jazz.
Matéria: Correio Brasiliense